quarta-feira, 23 de junho de 2010

INDAGUE: As pessoas trabalham apenas por dinheiro?


Em evento realizado pela HSM (sou apaixonada pelo site, temas, reportagens e agora também pelo Management TV) sobre Liderança e Alta Performance, Peter Senge, professor do MIT, falou sobre a importância do trabalho na vida das pessoas e como isto influencia no alto desempenho das organizações.
Ele começa abordando as questões hierárquicas e questiona se na prática essa hierarquia serve para alguma coisa, afirmando só servir para o status de fulano ou ciclano, pois para se resolver algum problema dificilmente uma pessoa sozinha resolve, ele acaba tomando decisões solitárias, que nem sempre são as melhores, mas quando todos se envolvem - deixando de lado as questões hierárquicas, ficando todos no mesmo nível - as coisas andam e se resolvem.
Quando feito um estudo sobre diferentes grupos sociais que tinham como objetivo criar novas soluções, foi identificado que o grupo que mais contribuiu com ideias inovadoras foi o das engenheiras, mas por quê? Elas se reuniam semanalmente para realizar colchas de retalhos, como um hobby, e durante a costura elas conversavam sobre a vida de cada uma, dificuldades do trabalho, e uma ajudava a outra a solucionar seus problemas. Assim, com a troca de ideias elas foram alcançando novas soluções para as suas organizações.
Com isso, Peter Senge coloca que o alto desempenho vem do bem estar social. Ele afirma que as pessoas gostam sim de trabalhar, não só por dinheiro, mas por querer aprender algo novo, superar desafios, ser reconhecido, ter orgulho do que fazem, da empresa que representam etc, enfim, e as organizações que pensam que os colaboradores só pensam em dinheiro estão fadadas ao baixo desempenho e este conceito foi criado há muito tempo atrás por Dr. Deming, conhecido como o pai da Gestão de Qualidade nas organizações.
Hoje em dia, gerenciar pessoas não é uma tarefa fácil, já que não basta mais um registro (diga-se de passagem que ainda há empresas que nem isso fazem), bom salário e estabilidade, as pessoas querem cada vez mais ser felizes (ter um bom ambiente de trabalho, aprender sempre, ter tempo e condições para família, lazer, amigos, viagens, descanso, qualidade de vida, realizar seus sonhos...)
Assim, acredito as empresas que definirem o que é felicidade para o seu colaborador, como as pessoas buscam, o que é necessário, já estão dando um bom passo pela frente. Na verdade, eu acredito que todos já tem as respostas, o que talvez falta é identificar o retorno que estes investimentos dão à imagem e reputação, e isto, com certeza, as maiores empresas já entenderam e sabem que devem estar sempre atentas às constantes mudanças da sociedade, pois colaborador feliz faz o cliente feliz e a empresa fica mais feliz ainda.


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